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Redes sociais estão a comprometer autenticidade e saúde mental dos cidadãos

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Um estudo da Católica Lisbon School of Business & Economics revela que a pressão das redes sociais está a forçar os cidadãos a esconder a sua verdadeira personalidade, com consequências graves para a saúde mental. A investigação, conduzida pela Behavior Insights Unit através de 50 entrevistas em profundidade, identifica uma tensão crescente entre autenticidade e aceitação social. A maioria dos participantes admite sentir-se obrigada a ajustar ou ocultar traços da sua personalidade em contextos sociais, especialmente nas redes sociais, no trabalho, na escola e até em ambiente familiar.

“Tanto adultos como crianças estão expostos a um tipo de pressão muito silenciosa, mas altamente eficaz: a de parecerem certos, aceitáveis, encaixados”, explicam os investigadores. Esta pressão manifesta-se através de padrões implícitos de comportamento, imagem e sucesso que são interiorizados de forma quase automática. As consequências a longo prazo são preocupantes. O estudo aponta para a “eliminação da espontaneidade e da autenticidade”, associada a problemas emocionais sérios como ansiedade, insegurança e “cansaço identitário”.
Os investigadores observam que estas situações são particularmente evidentes em momentos de regresso à rotina, quando os entrevistados sentem necessidade de “voltar a esconder o feitio” para evitar conflitos ou facilitar a aceitação social. Paradoxalmente, o estudo revela que traços como teimosia, impaciência ou frontalidade são valorizados quando associados a pessoas próximas, sendo vistos como sinais de autenticidade. “Estamos sempre a negociar os nossos traços com os contextos à nossa volta”, concluem os investigadores.
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