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Conselho da República analisa segurança no país

 O Presidente João Lourenço convocou, quinta-feira, o Conselho da República para uma sessão extraordinária a realizar-se na próxima segunda-feira, cujo ponto único será a análise da situação de segurança pública no país.


Órgão colegial de natureza consultiva do Chefe de Estado, o Conselho da República é presidido pelo Presidente da República e composto pela Vice-Presidente da República, a líder do Parlamento, o procurador-geral da República e antigos Presidentes da República que não tenham sido destituídos do cargo.

O Conselho da República é integrado, igualmente, pelos presidentes dos partidos políticos e coligações representados na Assembleia Nacional e 15 cidadãos designados pelo Presidente da República pelo período correspondente à duração do seu mandato, sem prejuízo da possibilidade de substituição a todo tempo.

ENDE e Instituto das Comunicações contam com novos administradores

 A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE-EP) tem um novo presidente do Conselho de Administração. Trata-se de Pedro Estêvão Buca, então administrador executivo, que substitui Mário Alberto Mendonça da Silva, cujo mandato terminou quinta-feira, na sequência de um despacho do Presidente da República.


O Presidente João Lourenço deu por findo o mandato dos integrantes do Conselho de Administração da ENDE- EP, nomeadamente Mário Alberto Mendonça da Silva, presidente do Conselho de Administração, e os administradores executivos Pedro Estêvão Buca e Izequiel Sebastião Manuel.

Noutro despacho, o Titular do Poder Executivo nomeou Pedro Estêvão Buca para o cargo de presidente do Conselho de Administração, bem como Lauro Pinto Fortunato e Nelson Viando Paixão Pinto para administradores executivos.

Num terceiro diploma, o Presidente João Lourenço deu por findo o mandato de António da Silva Inglês Pinto do cargo de administrador para as Áreas de Planeamento e Gestão de Projectos do Conselho de Administração da Empresa Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT-EP) e nomeia para o mesmo cargo Tárcio Amarildo Morais Cardoso.

Por último, nomeou Osvaldo Adão Monteiro para exercer o cargo de administrador executivo do Instituto Angolano das Comunicações.

Governo aprova esta segunda-feira medidas de apoio às empresas atingidas por actos de vandalismo

 O Governo vai aprovar, esta segunda-feira, 4, medidas de apoio às empresas atingidas pela onda de vandalismo, com vista à mais rápida reposição de stocks e manutenção dos postos de trabalho ameaçados

A medida foi anunciada, na última sexta-feira, pelo Presidente da República, João Lourenço, numa mensagem dirigida à Nação, na sequência dos actos de vandalismos, pilhagem e arruaças, cujo epicentro foi a cidade de Luanda.

Durante os actos de vandalismo, foram alvos vários estabelecimentos comerciais, como lojas, armazéns, supermercados, hospedarias, entre outros.

A emoção não pode calar a razão

A morte de uma senhora diante do filho de 12 anos é dolorosa. Choca. Comove. Mas é preciso dizer com firmeza: desde segunda-feira, a Polícia tem lançado apelos públicos. Claros. Objectivos. “Fiquem em casa. Afastem-se das zonas de conflito. Não se misturem com arruaceiros.”

Muitos preferiram ignorar.

Quem, em plena tensão social, decide sair para ruas onde há pneus a arder, pedras no ar, lojas a ser saqueadas e confrontos com a Polícia, sabe ao que vai. Sabe o risco que corre.

Não nos deixemos levar por narrativas simplistas. Não se pode romantizar actos de desordem.

O povo verdadeiro — o que sente na pele o custo da vida e o peso do desemprego — não destrói. Não saqueia. Não queima carros nem vandaliza escolas.

O povo quer pão, mas não pisa o pão do outro. Quer dignidade, não destruição.

E agora, surgem flyers e imagens da senhora e do filho. Multiplicam-se nos grupos e nas redes. Num esforço claro de reescrever a história e apagar os dias de terror vividos em Luanda e noutras províncias.

Transformaram a dor num palco político.

Isso não é solidariedade. É oportunismo. É insulto a milhares que perderam o sustento, os seus bens e a paz dos seus bairros.

Quando morremos, todos viramos heróis. Mas quando vandalizamos, pilhamos e destruímos os bens públicos — e até os dos nossos próprios irmãos — dizem que temos fome?

Fome justifica tudo?

Ou será que muitos ainda não perceberam que estão a ser usados?

É preciso coragem para dizer a verdade:

Isto não é protesto. É vandalismo. É provocação. É jogo político.

E como toda acção, há sempre uma reacção.

Sim, lamentamos as mortes.

Mas não aceitamos que se manipule o luto para proteger marginais.

Por: C. Almeida

MENSAGEM À NAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Angolanas e Angolanos,

Caros Compatriotas,
No início desta semana, durante cerca de dois dias, o país viveu momentos de angústia com os tumultos ocorridos cujo epicentro foi a cidade de Luanda.
A greve e as manifestações são direitos dos cidadãos consagrados na Constituição e na Lei, quando elas se realizam com o fim único de reclamar direitos ou protestar contra eventuais incumprimentos ou violações desses direitos por parte dos poderes públicos ou entidades patronais.
O que assistimos desde segunda-feira foram actos premeditados de destruição de património público e privado, assalto e pilhagem de estabelecimentos comerciais, ameaças e coacção a pacatos cidadãos para não circularem, não se apresentarem ao trabalho mesmo usando meios próprios de locomoção e não sendo taxistas, única classe que declarou greve.
Isto é grave, isto é crime punível e condenável!

Evidentemente que as forças da ordem actuaram no quadro das suas obrigações e, por isso, a ordem foi prontamente restabelecida, a vida voltou ao normal mas as consequências dos actos protagonizados por cidadãos irresponsáveis manipulados por organizações antipatriotas nacionais e estrangeiras através das redes sociais, trouxe o luto, a destruição de bens públicos e privados, a redução da oferta de bens essenciais e de serviços às populações e o desemprego dos angolanos que trabalhavam nesses estabelecimentos comerciais.
Condenamos veementemente tais actos criminosos, lamentamos a perda de vidas humanas e aproveitamos a oportunidade para expressar, no nosso nome e no do Executivo angolano, os nossos mais profundos sentimentos de pesar a todas as famílias enlutadas e votos de rápidas melhoras aos feridos como consequência dos tristes acontecimentos.

Dirigimos os nossos agradecimentos às forças da ordem, aos órgãos da justiça, aos profissionais da saúde, que prontamente atenderam os feridos nas nossas unidades hospitalares com o fito de salvar vidas, aos partidos políticos, igrejas, organizações da sociedade civil e todos quantos, de forma clara e sem ambiguidade, se pronunciaram publicamente, condenando a barbárie que assistimos nestes dias.

Vinte e três anos depois do fim do conflito armado e no ano em que o país comemora 50 anos da proclamação da sua Independência Nacional, não podemos aceitar nem tolerar mais dor e luto entre os angolanos.

Compreendemos que temos ainda muitos problemas sociais por resolver, o Estado está a fazer o seu melhor, investindo na área social, na saúde, educação, habitação e criação de emprego, com a admissão massiva de profissionais da saúde, da educação, com a formação profissional e com as grandes obras públicas de construção de infra-estruturas rodoviárias, portuárias, aeroportuárias, de energia e de água, particularmente das grandes barragens do programa de combate aos efeitos da seca no sul de Angola, no Cunene, Huíla e Namibe, que absorvem muita mão de obra proveniente de todo país.

As obras de construção de infra-estruturas nas novas províncias vão igualmente oferecer emprego a milhares de jovens que se interessem pelo trabalho. O Estado não pode ser o único empregador, contamos também com o sector privado, o cooperativo e com o autoemprego que, justiça seja feita, têm feito também o seu melhor no que diz respeito à oferta de postos de trabalho.

Os actos de vandalismo contra empresas e estabelecimentos comerciais de privados, só vêm desencorajar o investimento privado e, com isso, reduzir a oferta de bens e serviços e de emprego para a nossa população, por isso esses actos ocorridos só podem ser entendidos como actos de sabotagem à economia, com vista a agravar ainda mais a situação social que vivemos.
O Executivo angolano decidiu aprovar, já na segunda-feira próxima, medidas de apoio às empresas atingidas pela onda de vandalismo, com vista à mais rápida reposição de stocks e manutenção dos postos de trabalho ameaçados.

Este episódio só vem confirmar que a educação dos nossos filhos, dos jovens que serão as mulheres e homens do amanhã, não está nas plataformas e redes sociais que não tem rosto nem identidade, mas na família, na escola e na comunidade comprometida com o presente e o futuro de Angola.
Por isso devemos concluir que o Estado, a família, as igrejas e as organizações da sociedade civil têm ainda muito trabalho por fazer nos domínios da educação cívica, moral e académica dos nossos adolescentes e jovens.

Quem quer que seja que tenha orquestrado e conduzido esta ação criminosa, saiu derrotado e ajudou-nos a todos, ao Executivo e à sociedade, a tomar medidas preventivas e melhores formas de reagir em caso de reincidência, com vista a minimizar os danos sobre as pessoas e o património.

VIVA ANGOLA! “
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