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A IMATURIDADE POLÍTICA DE ADALBERTO DA COSTA JÚNIOR: UM SINAL DE ALARME PARA ANGOLA

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 Em recente entrevista concedida ao jornalista e economista Carlos Rosado de Carvalho, "no programa Economia 100 Makas", o líder da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, surpreendeu — negativamente — ao desferir críticas diretas à União Africana, chegando mesmo a insinuar que os líderes africanos são corruptos. As suas palavras, para além de infelizes, revelam uma preocupante imaturidade política e um desrespeito flagrante pelas instituições continentais.


Num contexto internacional cada vez mais exigente e num continente que luta pela sua afirmação geopolítica, tais declarações não podem ser vistas com leveza. Atacar a União Africana — uma organização que, com todas as suas falhas, representa o esforço de integração, cooperação e soberania dos povos africanos — é um gesto de grande irresponsabilidade. Pior ainda é a generalização implícita de que os seus líderes são corruptos, o que, além de ofensivo, reproduz estereótipos que frequentemente são usados por forças externas para enfraquecer a voz de África no mundo.

De um político que pretende ser presidente da República de Angola, espera-se muito mais. Espera-se prudência, diplomacia e uma visão de Estado que vá além da lógica da oposição interna. Adalberto da Costa Júnior mostrou o contrário: uma abordagem populista, carregada de ressentimento, sem qualquer sentido estratégico. O que está em causa não é apenas uma gafe ou um deslize verbal — é uma demonstração inequívoca de despreparo para o exercício de um dos cargos mais exigentes da Nação.

Um verdadeiro estadista entende que o respeito pelas instituições regionais e continentais não é um mero formalismo, mas uma condição essencial para fortalecer a posição de Angola no mundo. Ao atacar a União Africana, Adalberto da Costa Júnior não apenas enfraquece essa posição, como se coloca, ele próprio, fora do patamar de liderança que diz almejar.

É hora de os líderes políticos angolanos compreenderem que a retórica inconsequente pode ter custos reais — diplomáticos, econômicos e sociais. Angola precisa de líderes maduros, comprometidos com o continente e com uma visão de futuro que una, em vez de dividir.

Observatório Cívico de Angola (OCA)

Por uma cultura política assente na ética, coerência e transparência.

Luanda, 08 de Julho de 2025



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